A ideia do blog é simples, criar um espaço em que eu possa falar sobre o que quiser e quando quiser, expor, analisar, comentar, reclamar, enfim, compartilhar com quem me acompanha tudo que eu achar relevante. Espero que vocês curtam o blog e participem. (:

sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Adeus 2010...

Cara, 2010 passou voando... aconteceu TANTA coisa nesses 12 meses! Pensem ai no que aconteceu com vocês e para vocês, enquanto eu penso no que aconteceu comigo.
O ano para mim foi muito bom. Eu finalmente fiz o blog, que já era idéia havia muito tempo, mas nunca tinha rolado; agora só faltam 4 aninhos para eu me formar, hahahaha; eu estou apaixonadamente feliz com o meu escolhido (né, amor?); eu aprendi muito, vivi muito e me diverti ainda mais; a vida mudou bastante, mas eu tenho cada vez mais certeza de que estou no caminho certo; eu preservei boas amizades, apesar da distância, e fiz muitas novas amizades, que valem muito e que ainda vão crescer muito porque temos um caminho longo pela frente...
Eu percebi que acordar todos os dias e ter disposição para encarar e assumir responsabilidades depende de quem te apoia, de quem está com você. Depende dos nossos motivos, dos amigos, dos nossos familiares e principalemnte de nós mesmos. Do que a gente acredita, dos planos que a gente faz e da vontade que a gente tem de alcancá-los.
Eu acreditei tanto em outras pessoas e nesses planos que eu fiz, que mudei meu jeito de agir, para poder alcançá-los. Mas não o meu jeito de ser, porque ser é muito, muito mais complexo do que qualquer necessidade de mudar. Eu mudei o jeito de ver as pessoas e de pensar nelas, mudei o jeito de me ver e de projetar minhas metas, mudei o meu esforço e meu empenho de atingir aquilo que eu programava e inclusive tentei largar essa mania que eu tenho de tentar planejar todas as coisas, porque eu aprendi que por depender de outros e de outras coisas nós temos que nos planejar apenas dentro daquilo que depende de nós, ou então corremos maior risco de nos decepcionarmos.
Eu encontrei em quem menos esperava o meu porto seguro (né, Mô e Naninha?) e reconheci novos amigos com quem me divirto muito apesar do cotidiano pesado. Desafiei a distância e a correria do dia-a-dia para não me destanciar de quem já era especial para mim antes (sabe, Thata?) e pra manter contato com uma galera que felizmente fez e faz parte da minha história há muito tempo, porque sei que preciso dessas pessoas, apesar das novas pessoas que eu vou encontrar pela frente. Eu senti saudades TODOS OS DIAS de amigos de verdade que dividiram muito comigo nos anos de Leonardo da Vinci e me fortaleci com as risadas que os novos amigos do CEUB me proporcionaram. Me aproximei ainda mais de um grupo de amigos bastante diferente de todos os meus outros amigos (Tephi, Aninha, Gi, Gabi, Lou, Fernando, Virgi...) e que eu adoro! 
Esse ano eu fortaleci alumas crenças e me desfiz de outras, aprendi que só eu posso medir até onde alguma coisa é verdade para mim, ou não e acima de tudo, eu aprendi um pouco mais sobre os meus limites.
Então, e por causa de isso tudo, dive um ano maravilhoso, porque me aprimorei sobre eu mesma, sobre as minhas necessidades e sobre o que eu posso doar de mim para as necessidades dos outros. Tem coisa melhor? (;

Ok, finalizei a minha retrospectiva sobre 2010 e espero ter incitado alguma coisa parecida dentro de vocês.
Os comprimentos de ano novo eu deixarei para ano novo, logo, escrevo de novo amanhã.
Beijocas!

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Floripa continua LINDA!

Como é linda essa cidade! Essa terra é tão diferente do cerrado quanto é possível ser e, ainda assim, conquistou esse meu coração candango. Como não? Sol, praia, gente bonita com um sotaque delicioso de ouvir e ótimas para conversar, turistas de todos os lugares, chuvinha no final da tarde... Sem falar no visual, né? O meu preferido do litoral brasileiro.
Tem seus contras como toda cidade, o trânsito caótico e o vento sul são de tirar do sério, mas dá para relevar. A gente tira um cochilo no carro e reveza o motorista e os ventos... Bom, quando tá muito calor eles bem que ajudam a dar uma aliviada, então, no final, tudo tem sua serventia.
Nós estamos há menos de 48 horas em Floripa e já aconteceu um bocado de coisa boa... 48 horas de muita emoção, mas sem praia por enquanto. Quem sabe amanhã faz um sol bom pra esticar as pernas até a areia (há apenas 500 metros do hotel, tem coisa melhor?)?!
Pois é, floripa está assim:
O HOTEL - Infelizmente devido às reservas de última hora, o hotel não é tão bom... três estrelas, meio problemático em alguns requisitos... É arrumadinho e agradável, mas tem muito jardim. Na verdade, é mais um bosque do que um hotel. Os quartos são em chalés espalhados por um espaço muito arborizado e bem agradável durante o dia, como um jardim, mas à noite fica meio "estilo floresta", com muito inseto e muito escuro: ideal para ficar dentro do quarto com um inseticida (;. O chuveiro é com aquecimento à gás e você tem duas opções de temperatura: sauna mode ou freezer mode. Nenhum dos dois é muito satisfatório e não existe meio termo... (y)
A PRAIA - A praia em que estamos tem uma ponta muito vazia que é perto do nosso hotel e uma muito populosa, que demora uns 5 minutos à pé e que vale muito à pena, porque tem uma vista massa!
A FAMÍLIA - vai bem, obrigada. Hahaha, tá faltando uma galera que está por ai, alguns em Itapema, outros em Camburiú, tem um personagem importante fazendo um tour de moto e deve estar no Uruguai agora. Mas nos encontraremos todos daqui a uns 3 dias.
O CARRO - hahaha, eu tenho que falar sobre o carro. A gente alugou um carro e, logicamente, em alta temporada, foi quase impossível achar uma locadora com carro disponível, até que finalmente nós achamos um uno velho de guerra numa locadora pequena, mas não tão pequena que tinha este pobre uno como único carro na garagem. Nós precisávamos de um carro, então foi ele mesmo. Mas, poxa, pense num carro difícil! Ele é super temperamental, chora muuuito pra subir os morros e chora ainda mais pra parar neles, o que acaba sendo inevitável, porque aqui SÓ tem morro e engarrafamento... Agora, se o carro faz manha, imagine o motorista!
O TEMPO - Tá valendo! Hoje o dia estava nebuloso, mas choveu só fraquinho e rapidinho, então não atrapalhou em nada. O sol só foi descoberto pelas nuvens às 17h, bem lá pela hora de ele se por, mas foi um visitante bem vindo na tarde que estava bastante fria por causa dos ventos. Mas no geral, faz sol e o clima está quente, como já era esperado para o verão. (:
O que mais? acho que o que valia ser dito eu já disse... Campeche (é onde eu estou) está uma delícia e já temos vários planos para os dias de estadia aqui. Depois seguiremos para Curitiba e, então, para Foz do Iguaçu. Eu vou contando para vocês.
Quem ainda não conhece Floripa, venha conhecer e me convide para vir junto! E quem já conhece sabe do que eu estou falando: Isso aqui é bom demaaaaaais!!!!!!

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

How, how, how!!!

Opa, nosso primeiro final de ano juntos. E quanta coisa nós dividimos nesses meses, né? Por isso mesmo (e por uns outros motivos), eu não podia deixar de fazer um post para desejar aos meus seguidores, leitores e amigos um Natal maravilhoso, com as pessoas que vocês gostam e que gostam de você, uma celebração harmoniosa e farta, com muita alegria e principalmente, muito carinho; Reveillon maravilhoso, com muita energia, muita festa e desejos bons para o ano que vem e, finalmente, um 2011 de esperanças e energias renovadas, de metas possíveis e alcançáveis, com saúde, disposição e sucesso para buscá-las e com excelente companhia, sempre, porque juntos é que movemos nossos mundos.
Enfim, ótimas celebrações e enorme espectativa para vivermos mais um ano, com um começo explendido, para que o próximo seja ainda melhor que esse!
Boas Festas, queridos!

P.S.: Meu forte não é escrever mensagem de fim de ano, nem aquelas de aniversário ou de qualquer outro tipo... eu acabo me repetindo sempre e nunca acho que ficou bom... Deve ser porque nunca fica, mesmo. Mas fazer o que, né... Os meus desejos são sempre os mesmos e as palavras me escapam nessas horas! Hahahaha

domingo, 19 de dezembro de 2010

Família... papai, mamãe, titia?

Falar de família é sempre complicado. Aliás, sabe quando as pessoas dizem que discutir futebol, política e religião sempre dá confusão? Eu acho que falar sobre família é tão problemático quanto qualquer um desses assuntos.
Família é naturalmente complicado... Porque às vezes as pessoas com quem você é ligada pelo sangue, não dividem o mesmo espírito que você e essa incompatibilidade gera diferenças irresolúveis. Podem ser diferenças maiores ou menores, mas sempre há algumas, em toda família.
Não existe família sem um desocupado, alguém que não gosta de estudar ou de trabalhar ou sem alguém preconceituoso, um adúltero ou alguém que teve filho muito cedo, na opinião dos outros. Sempre tem alguém com quem nós não dos damos bem. E mesmo assim, continua sendo família, por uma simples questão de genética.
Toda família tem e não adianta negar, alguém fofoqueiro ou insatisfeito com tudo que os outros fazem, sempre tem um reclamão ou um religioso exarcebado. Sempre tem alguém que não respeita as decisões dos outros e que acha que é dono da verdade. Alguém que nunca está satisfeito e uma pessoa que quer chamar atenção. Sempre tem alguém que pede dinheiro e não devolve ou que gasta demais e depois fica se lamentando.
E mesmo quando não tem ninguém assim, ainda existem os problemas. Família é a solução pra muita coisa, mas também é o motivo de discórdia de muitas outras.
Porque sempre vai ter uma tia que acha que é mãe, a avó que acha que a filha não cuida dos filhos do jeito que devia ou que acha que a nora não é boa o suficiente pro seu filhinho. Sempre tem a sogra chata ou o sogro beberrão, quando não é o marido, mesmo. Sempre tem a avó que mima todo mundo e a netinha mimada que acha que é a reencarnação da princesa Anastácia. Sempre tem os sobrinhos que parecem filhos da peste de tanta bagunça que fazem. E sempre tem alguém maníaco por limpeza ou por organização ou então alguém muito relaxado. E isso sempre vai incomodar outro alguém.
Família é a materialização das palavras 'problema' e 'confusão', porque nunca vai estar perfeito e nem bom o suficiente. Porque tem sempre alguma coisa que devia mudar, mas se não está bom pra um, pode ter certeza que está bom pra outro. E por isso não muda nunca. Porque o preguiçoso não quer levantar, a nora não vai mudar o jeito de criar os filhos e a sogra não vai parar de reclamar. Os sobrinhos não vão parar de quebrar as coisas e a avó não vai deixar de mimar os netos. O gastão não vai deixar de comprar e o maníaco por limpeza não vai deixar o álcool gel encostado.
Essa essência nunca muda, as famílias foram assim no passado, são assim agora e vão continuar sendo assim no futuro. A reprovação vai continuar sendo silenciosa para não causar muito transtorno e nós vamos continuar amando, convivendo e aceitando até os comportamentos mais inaceitáveis.
Família ê! Família, ah! Família...
* Referência à música “Família” dos Titãs.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Ah, o Verão....!

Adoro esse final de tarde nebuloso. E embora nada supere as noites chuvosas, me fascinam as manhãs multicoloridas do verão. Despertar às 6h e sentir-se acordada com horas de adiantamento é incômodo para alguns, mas me agradam os dias mais longos e o anoitecer ensolarado. Me apetecem, os sabores e os cheiros. Me confortam, os momentos e os afagos. Me impressiona o modo como tudo isso toca a alma. Me engrandece, a expectativa, e me fortalece, a saudade. Mas, principalmente, me agrada adormecer e ter certeza de que ao acordar no outro dia todas as sensações se repetirão, os prazeres serão multiplicados e as felicidades divididas para serem compartilhadas.
Adoro esse final de tarde nebuloso, as noites chuvosas e as manhãs multicoloridas do verão. Adoro o sol e a chuva, adoro os ventos e a calmaria. Adoro tudo e adoro muito. E ainda que faltem vários dias para sua chegada, já estou ansiosa com a aproximação da adorada estação.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Maldito alerta...

Sabe aquele alerta de que você está esquecendo alguma coisa? Pois é, ele é chato e inútil.
Primeiro, porque sempre que você sente que está esquecendo alguma coisa, nunca consegue lembrar o que é, acaba ficando agoniado o dia todo e quando chega em casa no fim do dia, percebe que ficou inutilmente agoniado o dia inteiro, porque o que quer que fosse o seu objeto de esquecimento, não fez falta nenhuma e conclui, portanto, que na verdade não tinha esquecido nada.
Segundo, porque a maioria das vezes em que você realmente esquece alguma coisa de que precisava, o sentimentozinho de esquecimento simplesmente não é ativado e você só percebe que o celular, as chaves, a conta que vencia hoje, o cartão, o talão de cheques, o guarda-chuva ou remédio que tinha que tomar na hora certa não estão com você quando você precisa ligar para alguém, entrar em casa, está na frente do caixa do banco e não consegue achar o boleto mesmo depois de vasculhar a bolsa inteira, vai pagar a conta e o cartão não está lá, começa um dilúvio e você tem que andar 300 metros antes de alcançar qualquer local coberto ou o seu alarme do celular te avisa de tomar o bendito comprimido, que você deixou em cima da mesa do escritório. Mas pior que isso tudo é esquecer compromissos importantes. Tem coisa mais chata do que descobrir que você faltou aquela consulta no médico que demorou 1 mês para conseguir horário, faltou à reunião da escola, esqueceu que tinha prova ou uma aula muito importante, que a professora passou um trabalho que era para hoje... Enfim, compromissos que não são repostos com muita facilidade? Não tem.
Porque além de se sentir culpado, você é invadido por um sentimento de raiva descomunal que geralmente é direcionado para alguém que não merecia ou para alguma coisa que não pode dar certo num dia em que tudo já deu errado, tipo um bar. E isso é um saco. Principalmente, porque você vai esquecer que não devia beber muito e vai passar o dia seguinte de ressaca. Que também é um saco e uma inconveniência desnecessária, diga-se de passagem. Mas sobre isso eu falo outro dia. Agora, eu vou beber um suco, que é para não cair na tentação de ir para um bar e ter ressaca amanhã. Porque hoje, meu instinto otário de esquecimento não foi ativado quando eu precisava dele e eu faltei uma aula importante, que não vai ser facilmente reposta e vai me custar dois meses de atraso na carteira de motorista.
Parabéns para mim. 

domingo, 21 de novembro de 2010

(In)feliz contagem regressiva para o verão...

Dia 21 de dezembro está quase aí. Tomara que chegue logo! Ou não, afinal, quando se está de férias não importa muito se é inverno, outono ou primavera, pode ser sempre verão. E minhas férias estão chegando, finalmente!
Apesar de simplesmente amar as férias e principalmente, o verão, com seus dias mais longos, o sol mais brilhante, a temperatura elevada, as pessoas menos vestidas :x, as roupas mais leves, os sabores mais leves, as fragrâncias mais leves, as cores mais intensas, os sorrisos mais abundantes, a praia, o mar, o fim de tarde sem preocupações, as noites melhor aproveitadas... Pois é, apesar de adorar tudo isso e todas as outras felicidades e deleites que o verão traz,
EU DETESTO ESSE PERÍODO PRÉ-VERÃO!
Entenda-se por período pré-verão, os 30 dias que antecedem a chegada do tão esperado veraneio. As pessoas ficam desesperadas para perder peso, tornear os músculos, deixar a pele mais lisinha, tirar as marquinhas, as cicatrizes... Elas fazem mais intervenções cirúrgicas, eles aumentam os pesos na academia... Todo esse esforço para ficar um mês em forma e depois deixar tudo desandar de novo. Ficam todos muito mais loucos e fúteis "porque o verão está chegando", mas, e daí, você vai mudar essa sua filosofia de vida relaxada depois que atingir o resultado que quer pro verão? Não, né... Então para que o estresse? Assuma a barriguinha e as gordurinhas... Ou mude logo de uma vez e se esforce durante o ano todo, assim, você se mantém linda (o) pro verão o ano inteiro e não precisa correr atrás do prejuízo no final do ano que vem, de novo.
Eu não sei por que fico tão incomodada com esse período. Provavelmente seja besteira minha, coisa de gente que não tem com que se preocupar, como diria minha mãe. Mas eu acho que é porque de repente todos os canais midiáticos se ocupam de dicas e soluções para os problemas do verão e isso me irrita, porque é chato ler, ver e ouvir as mesmas coisas o tempo todo e tudo é repetido muitas vezes no "pré-verão". Eu me irrito principalmente por serem cuidados que as pessoas deveriam tomar sempre e não uma vez por ano, durante um mês, para passarem os próximos 11 meses reclamando que não adiantou nada a dieta de fim de ano e que engordaram tudo de novo... Não me diga! PORQUE SERÁ? Comer salada 10 dias e batata-frita nos outros 355 dias do ano não pode resultar na silhueta perfeita, pode? Correr 40 minutos durante um mês, religiosamente, e depois não fazer sequer uma caminhada o resto do ano não vai te manter no peso. E a sua lipo não tem duração vitalícia. Triste realidade.
Comam saudavelmente, façam exercícios e mantenham seus corpos do modo como vocês os querem no verão, o ano inteiro. Tenho certeza de que vai ser muito mais gratificante passar o ano inteiro satisfeita (o) do que chegar na ceia de natal e contar pra sua prima, irmã, tia, tio, avó, mãe e pai ou, sei lá, para a vizinha, que perdeu seis quilos em uma semana e que por isso não pode comer o salpicão que tanto adora. "Estou de regime" não é uma frase tão saudável quanto parece e você vai se sentir muito melhor se nunca mais precisar usá-la. Eu tenho certeza absoluta disso.
Bom, é isso ai. Mas se mesmo assim, você for começar a dieta do verão amanhã, aproveite e vá comer um muffin, um cookie, uma bola de sorvete, uma torta de chocolate, um hambúrguer ou uma porção de batas-fritas... Você ainda tem um mês para emagrecer ;).

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Cara, a vida dá voltas! E que voltas...

Eu fico impressionada com as guinadas que a vida dá. Como podem as coisas mudarem tanto em tão pouco tempo?
Achei agora, no meu caderno, uma carta escrita a uma amiga, há 5 meses, quase 6. Eu acabei não enviando a tal carta, não me lembro o por que. Mas não me surpreendeu o fato de ter esquecido. Na época tinha muita coisa acontecendo ao mesmo tempo. Talvez por isso a cartinha tenha permanecido guardada. A vida estava uma loucura, estavam ocorrendo muitas mudanças e minha carta tinha um teor de desabafo. O que me surpreendeu, foi o conteúdo da carta. Sabe aquelas coisas que você fala ou escreve num momento de emoções fortes e depois nem se lembra de ter dito/escrito?
Pois é, eu falava de coisas na carta, que hoje ri ao ler. Não porque fossem coisas bobas, nem porque tenha achado o meu próprio discurso inválido, mas porque tudo de que eu "reclamava" acabou tomando um destino que agora, ao ler de novo e me lembrar de como me sentia na época, percebo que eram os mais improváveis (ou talvez eu, bem no fundo, soubesse que era isso que eu queria de verdade) e as outras coisas de que me queixava, a falta de tempo, as dificuldades na faculdade e os outros seguimentos da vida, pois bem, ficaram todas ainda mais complicadas. Mas de um jeito positivo.
Eu reclamava de não ter tempo... E hoje? Eu só teria tempo de fazer tudo o que gostaria, se o dia tivesse, no mínimo, umas quatro horas a mais. Comentava com essa amiga, que a vida amorosa estava aos tropeços e que a faculdade estava um pouco puxada em uma matéria. Bom, a vida amorosa, agora, vai muito bem, obrigada. Mas a faculdade..., apesar de estar amando, cada dia mais, o meu curso, está puxadíssima. Tem momentos que parece que até o tal dia de 28 horas não seria suficiente para agendar propriamente os meus estudos. E a tendência, é piorar!
Eu perguntava sobre a vida dela, queria saber o que havia de novidade. A novidade, apesar de não ter uma resposta dela, é evidente: A minha amiga não é mais a mesma. E isso não é negativo. Eu também não sou mais a mesma. Mas quando a gente está longe a mudança é mais perceptível, porque não acontece aos poucos, é repentina. Pois é, nós duas mudamos muito. Quem nos conheceu ano passado entenderia o que eu estou dizendo, se soubesse de quem eu estou falando.
As nossas vidas mudaram tanto, que em algum lugar, ali no meio, a nossa constância se perdeu. Não o contato, nem a amizade. Muito menos o carinho. Esse é impossível que se desfaça e a intimidade também. Apesar de a gente já não se ver e nem se falar tanto quanto antes, o elo permanece. Elo esse, indissolúvel e tão bem solidificado, que tenho certeza de que, uma vez em contato, essa distância que agora nos separa, parecerá que jamais existiu.
Enfim, o conteúdo da minha carta hoje seria diferente... MUITO! Mas uma coisa não mudou nada:
"Amiga, dê notícias! Estou com saudades :~
Beijos, Clarinha."
(;



P.S.: No final das contas, isso tudo serve para mais de uma pessoa. Para mais de uma amiga e (como não?) para vários amigos também.
Porque a amizade e o contato só dependem da gente. Apesar das guinadas que a vida dá.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Exatamente "o oposto do que aprendemos: todos contra todos".

Cara, esse assunto dá o maior tititi. Astrologia, Horóscopo e o escambau, mas hoje eu estou afim de causar.
Não sei o que tem Marte com Vênus, nem sei se a Lua está alinhada com muitas ou poucas estrelas, mas se como li por ai essa semana veio para nos ensinar "o oposto do que aprendemos", então, está dando certo, pelo menos para mim.
Julgamentos a parte e loucuras também, hoje eu tive mais provas do que me era necessário, de que, uma hora ou outra, nós acabamos nos opondo a quem menos esperávamos. Pode ser a pessoa que esteve sempre ao seu lado ou a pessoa que te ensinou tudo que você sabe (tudo o que você está prestes a jogar pro alto, ainda que por ínfimos segundos). Quando eu disse que hoje eu estava afim de causar, foi uma ironia que infelizmente (ou não), vocês, leitores, não serão capazes de entender. Mas se "causar" tiver para vocês o mesmo significado que tem para mim, então pode ser que vocês acabem se identificando comigo, em algum aspecto aqui.
Eu hoje levantei com o pé esquerdo, trombei com a discórdia, bati de frente com o bom senso e me apoiei num estado impulsivo, causando uma tempestade. E esse meu estado intempestivo só não me tomou inteira e completamente, porque, por algum motivo inexplicável, minha alma ainda se refugia em distrações simples, como ter alguém mais calmo que eu por perto e no conforto de ter aquilo ou aqueles que me fizeram perder a serenidade, ainda que por pouco tempo, longe. Pois é, esse meu estado efusivo durou o dia todo, mas não se manifestou o tempo todo, apresentando-se, portanto, apenas quando provocado. Hoje não estávamos "todos contra todos", estava mais para 'eles contra mim' e 'eu contra o resto do mundo'. Mas, na verdade, hoje o problema do mundo era eles, então acabava fechando um circulo bem restrito de contras, de modo que tudo fica mais fácil de ser reorganizado.
Hoje tudo que eu aprendi foi deixado um pouquinho de lado e a maioria me volta agora, enquanto eu escrevo. Escrever torna bem mais fácil assimilar o pouco de certo que tinha num todo muito errado. E torna ainda mais fácil perceber que esse todo errado é muito relativo, porque na hora era certo, e, por isso, já não pode ser totalmente errado. Então, no final das contas, ter "todos contra todos" ou 'todo mundo junto' não é uma certeza, porque mesmo quando está tudo errado e quando ninguém se apóia, ainda assim tem alguma coisa certa e alguém que depois acerta as coisas; E quando está tudo bem demais, sempre tem alguma coisa que vai desorganizar tudo. Porque na realidade ser estável é uma impossibilidade irrevogável. E eu acho que essa certeza é a única coisa estável que a gente vai conhecer na vida.
No final do dia, e isso seria agora, as coisas deviam ficar bem, as pessoas deviam ficar felizes ou então, o que estava muito certo devia começar a desmoronar e as pessoas que passaram o dia muito bem deveriam começar a ter problemas em que pensar. Porque a ordem é acabar com a ordem e no final do dia a vida deveria começar a ditar como vai ser o outro dia. E isso é o que acontece de mais magnífico, todos os dias da vida, em todos os lugares do mundo, porque por melhor que seja o dia, uma hora alguma coisinha acontece, só para nos lembrar de que não vão ser todos os dias assim, não podem ser. E quando o dia é muito, muito ruim, um outro acontecimento nos faz perceber que estamos chegando na mola que nos tira do fundo, independente de quão fundo é. Porque se o mundo dá voltas, uma hora estamos por cima e outras por baixo, uma hora estamos descendo, mas só porque antes estávamos subindo.
Essa inconstância toda é que nos faz ficar contra tudo e contra o mundo e o mundo contra a gente e também faz com que tudo e todo mundo fique a favor do que quer que seja.
Ok, eu parei de entender o que eu estou escrevendo há uns dois parágrafos, ainda que no fundo eu saiba que de algum modo faz sentido...


...pelo menos para mim.

domingo, 31 de outubro de 2010

"Não há nada de errado com aqueles que não gostam de política, (...)

(...) simplesmente serão governados por aqueles que gostam." Platão sabia muito bem do que estava falando. Ele foi um dos pensadores mais apaixonados por política que a antiguidade conheceu. E é, até hoje, referência no assunto.
Ele diz em uma frase a maior verdade sobre governar e ser governado: que são duas condições distintas apenas por uma característica, a vontade e a capacidade de poder. Ou então pela ignorância de quem coloca nossos governantes lá no alto, no pulo do gato.
Tem gente que quer e que merece estar onde está. Tem gente que sabe o que faz e que mesmo não sendo 100% é suficiente, porque 100% ninguém é. Pelo menos, ninguém de quem eu já tenha ouvido falar e ninguém que o povo tenha visto ocupar um cargo público. Tem gente que simplesmente nasceu para a política e tem outros que nasceram políticos e há uma diferença enorme entre essas pessoas; há aquelas que se interessam e aquelas que têm interesses... Há ainda, aquelas que sabem fazer e as outras que sabem falar. Político por político, há de todos os tipos por aí. E sempre vai ter. A gente é que é responsável por selecioná-los.
O que estraga mesmo, são os eleitores. Os eleitores reclamam do sistema, mas votam em quem continua com ele. Reclamam que o Brasil não é um país sério, mas elegem o Tirica e o Romário... Dizem que política é jogo de interesse, mas votam cegamente em quem corresponde aos seus interesses. Pois é, e aí? O sujo falando do mal lavado.
Pronto, o post hoje vai ser curto mesmo. Hoje foi dia de eleição e logo mais sai o resultado, vamos sair da internet e esperar para ver que rumo toma a "politicagem" brasileira.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Renata I

Quando Renata era pequena, sua mãe a ensinou que se deve a amar e deixar ser amada, que gentileza gera gentileza e que respeito é o mais importante de tudo.
Renata foi aprendendo que sentimentos são a base de todas as relações sociais, que tudo gira em torno de como as pessoas se interrelacionam e como cada sentimento gera um novo sentimento em um ciclo vicioso do tamanho de... Bom, um ciclo vicioso não precisa ter tamanho.
O fato é que a garotinha foi aprendendo a lidar com seus sentimentos e com os sentimentos alheios de uma forma toda especial, graças às historinhas que ouvia de sua mãe. Com elas, Renata aprendeu que quando alguém se sente mal, você deve dar apoio, oferecer o ombro amigo, aprendeu que você deve fazer sempre o que puder para ajudar e que a família é a solução para a maioria das chateações (a não ser quando é ela o motivo das chateações, mas isso é assunto para um outro post :x)...

- Mãe? Mamãe?
- Oi, Renata, tudo bem filha? Aconteceu alguma coisa? Você teve um pesadelo?
- Não, mamãe, eu queria saber o que acontece com ele depois. Ele fica bem?
- O que, Renata? Quem fica bem? Filha, já é tarde, você tem que dormir...
- Sim, mamãe, mas eu preciso saber se ele precisa de carinho, se eu posso ajudar. O Bambi, como ele fica sem a mamãe dele? Quem é que cuida dele?
- Ah, filhota, deita aqui do meu lado que eu vou te contar o resto da história para você poder dormir.
- Não, mami, se você me contar não vai ter historinha amanhã. Me conta quem cuida dele e eu vou dormir...

- Mãe? Mãe?
- Oi, Renata, você quer alguma coisa querida? Tá com sede? Quer ir ao banheiro?
- Não, mamãe, eu queria saber se o Pinóquio vira menino, porque é muito, muito triste querer ser menino e ser boneco.
- O Pinóquio, filha? Mas eu não te contei essa história ainda...
- Eu sei, mami, mas a tia da escola contou pra gente que ele é boneco e que está triste, porque não pode ser menino!
- Ok, princesa, pula aqui, vou te contar como o Pinóquio fica feliz com Gepeto.

- Mamiii?
- Oi, Renata, que foi filha?
- Mãe, se eu tiver um irmãozinho, ele não vai ser mal igual às irmãs da Cinderela, né?
- O que, Renata? Irmão, Cinderela... Ah, não, filha! Ele vai ser bem bonzinho e você vai ser bem boazinha com ele também.

Felizmente, Renata se preocupava com muito mais do que o final dos contos que ouvia, conseguia levar as lições das historinhas para seu dia a dia. Ela foi aprendendo, aos pouquinhos, que se preocupar era o primeiro passo para fazer diferença. E se interessava por tudo em que podia fazer mesmo alguma diferença. Se ela podia ajudar ou oferecer alguma melhora, lá estava ela. Renata era uma menina só, uma menina no meio de bilhões de pessoas. Uma pessoa que arranjou um jeitinho de ajudar no que fosse possível, ainda que não fosse muito. Renata era uma menina que resolveu que podia fazer a parte dela, independente de os outros fazerem ou não a deles.
Renata era uma menina que sabia fazer a diferença e gostava, porque não custava nada...
...Não custa nada. E se todo mundo puder ajudar um pouquinho, vai fazer a diferença em muita coisa e de muitos jeitos, para muita gente que precisa de um pouquinho de carinho ou de atenção. Porque fazer a diferença não é uma questão de responsabilidade individual qualquer, é uma responsabilidade individual de fazer bem ao coletivo. E no final das contas, cada um de nós é um pedaço desse todo, então quanto melhor para os outros, melhor para a gente. Vamos, nós também, levar as lições das nossas historinhas para além do imaginário... É muito fácil! A Renata ensina a gente! (;

{Renata é alguém que grita em algum lugar, bem fundo, dentro de mim. E que vai começar a participar do blog, porque já há muito tempo que ela pede para falar com vocês... :x}


domingo, 10 de outubro de 2010

A memória humana é um palimpsesto.

A memória humana é como um livro. Pois bem, imaginemos um caderno de 100 páginas. Você tem essas 100 páginas para escrever a sua história, a sua memória, ocupando todo o espaço de cada página. Você acha que cabe? Eu acho que não.
Por isso, nós selecionamos aquilo que há de mais importante para ser escrito... O que nos ensinou mais, o que significou mais, aquilo que nos faz bem, ou, ao menos, nos faz melhor. E as outras lembranças? A gente acaba nos desfazendo de algumas. Outras a gente escreve, mas depois apaga. Ou escreve por cima, porque às vezes, não queremos deixar de tê-las. Então a gente escolhe o que quer levar no nosso caderno, organiza um modo de dispor tudo isso nessas 100 páginas, lembrando de que sempre surgirão mais palavras para serem escritas.
Isso não quer dizer que nós esqueçamos o que já passou... E sim que nós sobrepomos nossas memórias, de modo que algumas ficam entocadas por anos (até  que por algum motivo voltemos para resgatá-las) ou para sempre (quando seu conteúdo não mais nos interessa ou quando não nos lembramos de visitá-las). A memória é um caderninho apagado várias vezes e reescrito outras tantas.
Esquecer é uma necessidade. A vida é uma lousa, em que o destino, para escrever um novo caso, precisa de apagar o caso escrito.

Machado de Assis
Existem várias provas disso. A resignação, o perdão, a superação... A gente esquece tanta coisa para garantir a harmonia no futuro... Ou não esquece, mas finge esquecer, ou ignora. Acho que nem tem nome para isso. Tem gente que passa por cada coisa... e mesmo assim vai vivendo. Mas nós somos assim, sempre dando a volta por cima. Até porque, se a gente se amarrasse às memórias, não ia conseguir tocar a vida. A gente ia viver numa caixinha com vários caderninhos escritos e só.
Então, no final das contas, a nossa vida depende mesmo é desse apagar e reescrever constante. Nós apagamos aquilo que nos faz mal. Porque, muitas vezes, nos desfazer de algumas memórias é o caminho para tornar possível novas situações ou então evitá-las. É isso que nos proporciona novos começos.
Mas também há muitas lembranças que escrevemos à caneta e que não há corretivo que apague: alguns bons momentos; alguns ruins, mas que nos ensinaram, ensinam e vão continuar ensinando, o que torna tê-los guardados tão importante. Há ainda, aquelas memórias que são recorrentes. Memórias que nós apagamos sempre, mas a reescrevemos também muitas vezes, e tantas vezes, que elas acabam por marcar a folha, ainda que apaguemos de novo. Então, de alguma forma, elas ficam lá... Mesmo com tantas outras coisas escritas por cima.
O que me incomoda nesse escrever e apagar, é aquilo que nós não conseguimos resgatar depois. Tem tanta passagem boa das nossas vidas que nós esquecemos. Tantos detalhes e tantos momentos que ficam lá, enterrados em algum lugar, embaixo de várias camadas de novas memórias e que nós não conseguimos acessar mais, mesmo sabendo que estão lá, com certeza, entre o papel e os anos mais recentes das nossas vidas. É chato perder tanta coisa boa...
Mas fazer o que? O nosso livro tem que continuar a ser escrito... Outras das nossas memórias têm que ser sobrepostas, algumas ainda vão perder lugar ou espaço, faz parte... A vida é assim, até que o nosso lápis acabe.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Sobre o meu sono e o sono das outras pessoas.

"Sono é um estado ordinário de consciência em que há repouso, caracterizado pela suspensão temporária da atividade perceptivo-sensorial e motora voluntária." Wiki.
Sentir sono é uma certeza inabalável na minha vida, mesmo quando eu durmo bem. Mas o meu sono é um elemento da ociosidade, quase sempre. Na maioria dos dias eu fico com sono só quando não tem nada interessante acontecendo à minha volta. Por exemplo, nas aulas de Economia Política ou logo depois do almoço, porque eu fico em casa enquanto todos saem, vão trabalhar. Eu deveria estudar, mas nessa batalha entre a força de vontade e a minha cama, a preguiça sempre ganha e eu acabo dormindo um pouco antes de estudar.
Outra certeza incontestável é o fato de que eu só fico absolutamente sem sono quando o que eu mais preciso é, exatamente, dormir. Insônia é como ter um pesadelo acordada. Você fica sozinha, no escuro, querendo que seu corpo e sua mente sucumbam à calmaria de algumas horas de sono e, no entanto, tudo o que você consegue é ficar rolando na cama e, no meu caso, imaginando as situações mais sórdidas. Como por exemplo uma pessoa entrando no meu quarto escondido (situação na qual eu preferiria estar dormindo. FATO!).
Ok, me destraí. voltando ao assunto do sono...
Hoje eu estou com muito sono. Ontem fui dormir tarde e hoje acordei 20 minutos mais cedo. Incrível a diferença que fazem 20 minutos. Acho que o fator psicológico que é o verdadeiro responsável por toda essa falta que fazem os tais minutinhos a menos, porque dormir seis horas ou seis horas e 20 não pode ser fator tão determinante sobre a minha disposição durante um dia inteiro. Além do mais, aposto que se eu não soubesse a hora que acordei, não culparia esses 20 min. pela minha sonolência, mas o fato é que só de pensar que poderia ter dormido mais 20 minutos causa uma inquietação imensa e uma indignação que só não é muito forte, porque o sono não permite nem isso. (Nessas horas eu fico pensando nas almas que levantam ainda mais cedo que eu. Será que elas conseguem dormir cedo? Porque à noite, meu sono sempre escapa e só volta a se apresentar na hora de acordar.)
Mas dormir pouco não é o único motivo de eu ficar com sono. Quando eu durmo muito, sinto sono também. Acho que quase todo mundo sente. Dormir demais provoca uma preguiça mental e física que nos motiva a dormir mais e cada vez mais, faz a gente entrar em um estado de inércia sonolenta infindável. Mais uma vez, culpa da ociosidade. FATO. Porque se você tiver que levantar e resolver a vida, trabalhar, ir à aula, estudar, etc., você vence a preguiça e o sono. Pelo menos até que você tenha tempo para ficar quieto e, consequentemente, para a preguiça e o sono se instalarem no seu ser novamente.
Por exemplo, se agora eu tivesse um mínimo interesse (que obviamente me falta) pela aula de Economia, não estaria com sono. Mas o fato é que a voz do professor e seu ritmo de pensamento calmo, para não dizer lento, tornam esse grau mínimo de interesse inatingível.
Eu ouso ainda dizer que se ao falatório do professor fosse acrescido fundo musical em compasso ternário, com piano e talvez violinos e um assunto romantico, a aula se tranformaria em um perfeito lullaby. Um lullaby de 1 hora e 40 minutos. 100 minutos de pura sonolência. Não que isso seja necessário para fazer as pessoas dormirem. Não é. MESMO. Elas sentem sono como eu, é só olhar pra trás e posso ver as caras de quem só deseja estar em casa, na cama, em sono profundo.

Hahahaha, bilhetinho chegando aqui. Quem sabe com algumas fofocas o meu sono passa (;. Beijinhos!
P.S.: A aula só acaba às 11h20, o que significa que ainda faltam uns 30 minutos para a aula terminar... Boa sorte para mim e para os outros 40 guerreiros que continuam em sala. (y)

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

"A saudade é a nossa alma dizendo para onde ela quer voltar." Rubem Alves

Não que o lugar onde eu estou não me agrade, agrada e muito. Tenho a minha família por perto, muitos amigos, me arrisco a dizer que alguns dos quais vou levar pra vida inteira, como tantos outros que já estão na minha vida há mais tempo. Tenho meu gatinho de volta, hahaha, tenho um caminho pela frente que me encanta muito, tenho um montão de planos e anseios, muita vontade de fazer algumas coisas que só agora me parecem possíveis... Mas também tenho uma saudade enorme.
Tenho saudade de algumas pessoas que fizeram parte da minha vida todos os dias por muito tempo e que agora estão distantes, não estão longe, porque o carinho, me atrevo a dizer que o amor, que nos enlaça, nos torna próximos, ainda que distantes. Tenho saudades de momentos que me eram costumeiros e agora não passam de lembranças. Saudade de risadas e carinhos, massagens, segredos ao pé do ouvido, tenho saudades e que saudades, de abraços que eu recebia todas as manhãs, ainda que os que eu receba hoje em dia me sejam também de muito apreço.
Eu sinto saudade de abrir nosso armário na escola e perceber que ele (e "ele" vai saber quem é) o deixara bagunçado, mas tudo bem, porque nunca estava bagunçado demais para que eu não pudesse organizá-lo. Sinto falta de conversar nas aulas de química, física, matemática e todas as outras... Tenho saudade de morrer de rir quando o Robert virava pro quadro, porque rolavam umas competições esdrúxulas de flexão entre os meninos. Hahahaha
Eu tenho saudade de descer para encontrar com o pessoal das outras turmas e das outras séries no intervalo. Eu tenho saudade de ter que adivinhar quando o Deni tampava os meus olhos e tenho saudade de nunca acertar, porque depois de um doce por parte dele, eu acabava sempre ganhando um sorriso e um abraço maravilhosos. Eu tenho saudade de conhecer gente nova todos os dias, mesmo que visse todas as mesmas pessoas todos os dias, porque sempre tinha alguém legal para conhecer melhor.
Eu tenho saudades das aulas à tarde e de ir matar aula com a Thata, no cinema ou na padaria, quase toda terça-feira, porque a aula de sociologia não nos atraia e sempre tinha um filme ou um picolé mais interessante. Morro de saudades de terminar de almoçar e ficar até as 14h20min batendo papo, ou no Subway ou na escola mesmo, lá embaixo da árvore, no cantinho em que eu e a Set choramos e choramos de rir tantas vezes e que era o mesmo lugar em que revelei vários segredos a ela e ao Vivi e os ouvi confessarem tantos outros, porque lá era o nossa cantinho de conversar besteira. (:
Eu tenho saudades imensas de poder chegar todos os dias e, mesmo vendo sempre os mesmos rostos, ter sempre algo de novo para contar ou para ouvir, tenho saudades dos "AMIIIIIIIIIIIIGA, deixa eu te contar!" Hahahahaa! Tenho saudades de chegar na segunda-feira ainda tonta de sono (hahaha só de sono, né, meninas?), por causa dos "embalos" de domingo. Tenho saudades das noites que passei na casa da Thata e da Máh, e das inúmeras noites que elas passaram aqui em casa. Das visitas da Set quando estava na casa do tio dela, dos filmes que assistíamos e das guloseimas que inventávamos cozinhar para acompanhar as noites juntas.
Lembro saudosamente de começar a planejar o final de semana na terça-feira, as festinhas "surpresas" que já eram quase certeza, porque todo mundo ganhava uma, os churrascos da sala, as festinhas à toa, as sextas na casa do Leo, os sábados na cobertura do Miguez. Hype era regra, as festinhas no Digo eram lenda, os acampamentos do Luciano, adrenalina, fadiga, cansaço e prazer demais! Sem comentários de tão bons, os trotes do 3º ano e as feiras, o evento mudou de nome, mas não mudou de essência, que era fazer muito esforço (muito bem recompensado =D) e MUITA bagunça.
Eu tenho saudade de ter mais tempo para sair com o pessoal aqui no condomínio, tenho saudade de passar muito tempo à toa com eles (;. De conversar sentada nos banquinhos da área de lazer, das festinhas constantes, das brincadeiras, de poder ir assistir o vôlei, o fut., saudades de filmes e churrascos, de rir litros e ficar encabulada com as piadas dos meninos.
Tem muitas coisas mais de que sinto saudade. E muitas pessoas e fatos também, que não foram citados, não por serem menos importantes, mas porque agora me falha a memória de muitos momentos que volta e meia me vêm à cabeça.
Sinto saudades imensas e esse é o melhor e maior sinal de que sempre valeram à pena, cada um dos momentos.

Sentimos saudade de certos momentos da nossa vida e de certos momentos de pessoas que passaram por ela.

Carlos Drummond de Andrade
Beijos, galera! Tenham todos uma ótima semana! (;

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Amizade

Amizade é quando você se sente preparado para tudo ou, pelo menos, amparado. É quando você sabe que apesar de tudo em volta ser volátil, há uma certeza inviolável na sua vida, que é um amigo.
Amizade é quando você tem a quem recorrer mesmo quando não quer recorrer a ninguém. Os amigos têm esse dom de ser todo mundo que você precisa e conseguir fingir não ser ninguém naqueles momentos em que você quer, mas não pode ficar sozinho. A amizade é tão forte, que você precisa dela sem perceber, mesmo que seja só para estar ali, quietinha. O amigo sabe o que falar, ele sabe ficar quieto e mesmo assim apontar o melhor caminho.
Thata, Crepe, Maron, Tephi, Leo, Naninha, More, Vini, Carol...
Tem gente que nos acompanha há anos, outras há meses; alguns todos os dias, outros com menos frequência; alguns pessoalmente, outros via internet :3 ; alguns para todos os assuntos, outros para poucos; alguns tem mais diálogo, outros mais abraços; E alguns tem o carinho, as palavras e os ouvidos aprimorados de melhores amigos.
Amigos são pessoas que nascem para a gente. E a gente nasce para os outros também. Eu, hoje, posso dizer que existem pessoas na minha vida que nasceram para mim, porque sei que elas são TÃO significativas, que há momentos em que me sinto chateada só de pensar em não tê-los.A amizade é atemporal. A prova disso é que há amigos que já tiveram muito próximos e TÃO próximos, que mesmo depois, afastados de nós, ainda nos provocam sentimento de carinho incondicional.

"A gente não faz amigos, reconhece-os."
Vinícius de Moraes
Set, Miguez, Máh, Mandinha, Vicky, Iara...
Há amigos que não vemos há muito tempo, ou com quem não conversamos há muito tempo, mas os encontros são sempre calorosos, como se deles nunca tivessemos nos distanciado. Se não o diálogo, pelo menos o sentimento continua inquebrantável, porque a intimidade se perde, mas o carinho não. A consideração não se desfaz, não desmancha, ainda que se ache diluida pelo tempo. Porque a força e a vontade de manter uma amizade resistem há muito e por muito tempo...

"A amizade volta, mesmo depois de ter adormecido um certo tempo."

George Sand

P.S.: Ontem foi aniversário de uma amiga por quem eu tenho um carinho indescritível e de um amigo especial, de quem eu sinto cada vez mais falta. Mandinha e Miguez, queridíssimos, feliz aniversário! Tudo de mais maravilhoso para vocês, muito sucesso, saúde, paz e muitos, MUITOS, amigos! Que vocês possam iluminar a vida de tantas pessoas quanto for possível, como, outrora, iluminaram a minha.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Viver de passado

Algumas coisas não há como mudar. Mas e quando o final do capítulo não nos agrada? E quando a gente quer um final diferente?
Viver significa fazer escolhas, o tempo todo, por tudo e para tudo. Você pode escolher ficar ou ir, amar ou não, ligar, ignorar, se omitir. Você pode escolher correr atrás, dar um voto de confiança ou desistir. Você pode, mas tem que saber que haverá consequências. E tem que saber lidar com elas, porque quando você faz a escolha que te parece correta e depois não gosta dos fatos subsequentes, você vira um museu de ideias e de sentimentos.
Eu não chamo de arrependimento. Chamo de curiosidade, de persistência. Tem quem chame de teimosia.
Não é arrependimento, porque a gente aprende com a escolha errada, então não tem como se arrepender. Por mais que seja uma lição em cima de um erro, aprendizados são sempre bem vindos. É curiosidade, porque você quer saber o "e se", você quer ver o que acontece se escolher outra opção. É persistência, porque mesmo tendo dado errado, você quer tentar de novo, você não desiste. E é teimosia, porque você quer correr atrás de fatos passados e concluídos.
Eu entendo que nossas decisões formam planos que se sobrepõem e complementam. Se você tem duas possibilidades, então o plano "A" e o plano "B", paralelos e concorrentes, estão a sua disposição. E entendo que as nossas expectativas formam planos também, então o resultado que você espera é o plano "X".
Para alcançar "X" você pode ir por "A" ou por "B". Se você escolhe "A" e não alcança "X", o que te impede de tentar "B"?
O meu objetivo é a felicidade. E as minhas decisões já foram várias e tantas, que hoje não sei se estou no caminho de ida ou de volta. Só sei, que se o plano "A" não me levou ao fim que eu desejava, não há porque não retornar ao início e tentar "B", "C", "D", "E", "F"... Quando der certo, aí eu paro. Porque nesse momento, quando eu alcançar "X", viver de presente me será suficiente. Mas enquanto isso, enquanto ainda estou no caminho, vou vivendo de passado e sonhando com o futuro. Quem sabe meu futuro não está no meu passado? E quem sabe o meu presente é o meu passado no futuro??

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Amor em barra.

Ele só percebeu que ela iria pegar aquela que era a última barra de chocolate ao leite e que ele acabara de pescar da prateleira, segundo depois que seus olhos se cruzaram.
Ela disfarçou, pegou alguns marshmallows e ficou encarando a prateleira com um meio sorriso no rosto.
Ele pensou por um momento em ir embora, afinal, ele havia pegado o que queria, havia chegado primeiro e nada o impedia de levar a barra. Entretanto, ele se dirigiu à jovem mulher ao seu lado estendendo para ela a barra de chocolate:
- Tome, pode levar essa.
- Ah, -ela corou rapidinho-  muita gentileza sua, mas você chegou antes, leve esta, eu levo uma de outra marca.
- Bom, depende. O que a senhorita vai cozinhar? - Ele tentou um tom galanteador, mas se arrependeu logo, com medo de ter soado ridículo e uma cor entre o vermelho e o magenta se espalhou em suas bochechas.
- Nada demais, vou fazer um chocolate quente. - Ela mostrou os minimarshmallows e o leite semi-desnatado que carregava.
- Interessante. - Ele estava com uma expressão reflexiva. - Eu sempre faço o meu com achocolatado.
- Ah, sim. Eu gosto com o chocolate, fica mais cremoso.
- Então, leve. - Disse ele novamente, estendendo a barra em direção à bela moça. - Eu nem decidi o que vou fazer ainda.
- Sobremesa, né? - O rapaz já a ganhara.
- É.
- Alguma ocasião especial?
- Minha promoção.
- Ah! Parabéns! Foi promovido!
- Não... Quero ser. - Ele viu a dúvida e um sorriso se instalarem no rosto dela. - Eu sou assistente de cozinha, estou tentando a vaga de chef.
- Hum, então não posso lhe ajudar. - Disse ela sorrindo amplamente.- A minha especialidade na cozinha é arrumar a mesa enquanto espero o delivery.
Os dois sorriram. Ela não queria se despedir. Nem ele.
38 anos depois daquele encontro na seção de confeitaria do supermercado, ela ainda prepara o seu chocolate quente com chocolate em barra e o dele com achocolatado. Ela põe a mesa com satisfação e há anos não pede comida. Ele, outrora jovem e com tantos prazeres, tem, como maior satisfação, a segurança de sua rotina e, como maior prazer, a certeza de cozinhar para ela.


 Todos os dias.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Dia do Pensamento

Bom, como o título do post diz, hoje é dia do pensamento então eu resolvi fazer um post pra vocês pensarem. Obviamente como hoje é sexta-feira e eu estou muito bem humorada, vou pular as questões de consciência social, ecológica, etc... E vou brincar um pouquinho, dar algum material para ocupar suas mentes... ou não.
Algumas coisas inexplicáveis:
Porque quanto mais a gente dorme mais sono sente?
Porque algumas "constantes" da física são inconstantes?
Porque passam um algodão com álcool no braço de quem vai tomar injeção letal?
Porque havia uma serpente "do mal" se Adão e Eva estavam no paraíso?
Porque o Pateta fala, se veste e anda ereto e o Pluto não?

Algumas perguntas que não querem calar:
Se um automóvel viaja na velocidade da luz, seus faróis servem para alguma coisa?
Uma tartaruga sem casco é pelada ou sem teto?
O que as ovelhas contam para dormir?
Como as plaquinhas "proibido pisar na grama" são colocadas?
Porque os filmes espaciais sempre tem som de explosão se o som não propaga no vácuo?
Porque calça a gente veste e sapato a gente calça?

Tá, chega! A última pegurgunta foi trash demais até pra esse post. Tem muitas desse nível, mas eu não vou ocupá-los com "porque o Exalta Samba toca pagode e o Zeca Pagodinho toca samba?" hahahaha Esse post foi mesmo só pra quebrar o gelo. Amanhã eu posto uma crônica que escrevi para rebater o último post (; Hahaha ficou muito "Eu não acredito em amor e casamento". :~
Beiiijos! Bom restinho de sexta-feira 13 para vocês!

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

- Você não vai atender, vai?

O celular tocava insistentemente.
- Não (Na verdade, o que ela mais queria era ouvir aquela voz). Talvez um dia isso tudo faça sentido.
- É, talvez.
- Eu fiz o certo, não foi? (Ela não conseguia ter certeza de nada em relação a ele.)
- Não sei... Quem pode dizer o que é certo e o que é errado? Mas foi o melhor pra você agora, não foi?
- É... (Ela nunca ia saber) Mas e se... - O telefone ainda tocava.
- Não! Já está feito! Você prometeu que os "e se" ficariam longe dessa decisão.
- É... mas será?
- Oras, será o que, menina? Só depende de você!
- É, né...?! - Logo chegaria ao fim da ligação, as chamadas iam parar.
- É! E quem é ele pra ficar no seu caminho? - Finalmente, silêncio.
- É, quem é ele?!... Né?
- Mas quanta dúvida! É! (Droga, ela não vai resistir!)
- Mas talvez...
- Talvez o quê?
- Nada, esquece. (Sua respiração já estava agitada.)
- Talvez o quê?
- Talvez, (suspiro) só talvez, (pausa) nada disso faça sentido.
- Você não vai... vai?
- Talvez ele seja o amor da minha vida. (Coração aos pulos. Ela sempre soube que não ia resistir.)
- É, talvez. (Lá vamos nós outra vez.)
- Eu vou, não vou? (Ela já sabe que vai.)
- Vai. Não vai? (É, não tem jeito.) Então vai logo! (Resignação)
- É... Vou lá ligar pra ele.
O ritmo de sua respiração não voltou ao normal muito cedo. Marcaram de se ver e ela não ficou tranquila até vê-lo entrando na cafeteria. Sabia que seu destino era ficar com ele, apesar das brigas e das incompatibilidades. Sabia que no fundo ele a amava e que não fazia nada daquilo de propósito... as brigas, as outras meninas... Era uma questão de tempo até ele entender o valor que ela tinha. Casaram-se, tiveram filhos e hoje, hoje ela trabalha na mesma cafeteria em que eles se reconciliaram tantas vezes, na qual ele a pediu em casamento e onde tiveram os primeiros sinais da gravidez de seu primeiro filho. O salário de gerente é bastante para cuidar dos dois filhos, mas era mais fácil quando dividia as despesas com o marido. Ele está em lua de mel. Menos de três meses depois do divórcio ele anunciou que ia se casar com a namorada (sabe-se lá há quanto tempo namoravam). A pensão ajuda, mas nada substitui a sensação de ter o homem que ela (ainda) ama em casa.
Fazer o que... Quem sabe "um dia isso tudo faça sentido", quem sabe "um dia ele entenda o valor que ela tem"... Quem sabe... "talvez".

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Com legendas, por favor.

Sabe quando as pessoas não param de perguntar o que você está pensando? Ou quando você olha ao seu redor e vê aquelas caras tipo: "ãh?", sabe quando parece que ninguém está acompanhando seu raciocínio, ou então quando as pessoas simplesmente não te entendem? Estou falando de quando as pessoas não conseguem, mesmo, sacar o que você está pensando, quando as suas expressões são dúbias e suas palavras correspondentes ao silêncio. Eu estou falando de quando as pessoas ficam agoniadas para saber o que você está olhando, reparando e pensando.
Eu sinto isso praticamente o tempo todo. Quando não é alguém me perguntando o que eu estou pensando é me observando com uma cara de quem não entende. Sabe aquela cara de criança que pergunta "por quê?" pra tudo? Então, essa cara! Já estou familiarizada com ela... Tanto, que não me incomoda mais. Mas é tão esquisito!
Tem gente que vai direto ao ponto e me diz que me acha meio misteriosa... teve uma amiga que me disse uma vez que quando olha pra mim vê um ponto de interrogação. hahaha Foi o clímax da minha incognicidade. Tem outras pessoas que preferem tentar me interpretar e ficam me encarando, como se a qualquer momento elas fossem ter um insight e fossem vislumbrar meus pensamentos. Estranho sempre vai ser, né... mas acho que vou ter que me acostumar com essa condição de gente "indecifrável".
Tem uma galera (a maioria) que reclama do fato de eu não falar muito o que estou pensando. Eu não fico dizendo se estou gostando ou não de alguma coisa... ou de alguém. Eu não sou muito de falar sobre isso mesmo, a não ser que eu ache extremamente necessário e importante que as pessoas saibam que eu gosto de alguma coisa ou de alguém ou que não gosto. Eu simplesmente não acho relevante ficar emitindo opiniões o tempo todo, porque enche o saco e eu não gosto de pessoas que agem assim... então não faço isso. Isso me torna indiferente? Eu não acho... E quanto a parecer "blasé" a maior parte do tempo... bom, se eu fosse fazer caras e bocas para TUDO, ia estar emitindo opiniões sobre essas coisas (principalmente opiniões negativas. Quem conhece as minhas expressões faciais entende do que eu estou falando). Então também não as faço.
Detalhe: eu discordo substancialmente com essa característica que as pessoas me atribuíram... Eu me acho absolutamente previsível. Outro dia eu jantei num restaurante que fui pela última vez há 3 anos e meio. Eu pedi o mesmo prato sem querer e só percebi quando chegou, porque a apresentação era a mesma e o gosto, lógico. Acertei no prato pela segunda vez, mas fiquei indignada comigo mesma por ser TÃO óbvia. Tinha umas 200 opções de pratos nos menu e eu escolhi o mesmo prato! Qual a dificuldade de interpretar uma pessoa assim? Quer dizer... eu praticamente venho com manual de instruções. :~
Não que eu ache fácil conviver comigo... a convivência é uma praga e o meu humor muda de acordo com a intensidade da luz, então é difícil sim, mas é também dessa forma que eu fico mais entendível... hahaha, sei lá.
Enfim, com manual ou sem manual, óbvia ou não, só sei que, em alguns momentos, me seria de bom uso ter legenda. Hahaha  ;P


Tenham uma boa noite! Beijinhos!

domingo, 1 de agosto de 2010

Usando o que eu aprendi em Literatura no 3º ano.

Monólogo interno é quando você está sozinho ou então no meio de um monte de gente, mas se desliga, esquece o que está rolando em volta, e viaja. É quando você começa a pensar em alguma coisa que te perturba, que te deixou com raiva ou que te fez bem ou mesmo faz planos, do nada. Eu faço isso muito...
Eu ensaio discursos; converso sozinha ou com o box, quando estou no banho e com o Pegasus, quase toda noite. Eu brigo com ninguém, pensando em brigar com todo mundo, imaginando e querendo DE VERDADE que determinada(s) pessoa(s) pudesse(m) me ouvir.
Eu faço isso sempre e, embora nunca tenham ouvido tudo que eu gostaria de dizer, acho legal. Ok, falar sozinha me faz sentir muito estranha. Mas eu sei que muita gente faz isso também e acho que falar sozinha me faz bem. Porque, às vezes, eu preciso falar... mesmo que ninguém vá ouvir. Aliás, estou pensando em escrever sobre isso. Lógico que eu não vou escrever aqui o discurso que eu preparei para quando eu receber o Prêmio Nobel, mas, eventualmente, pode ser que eu venha a escrever umas historinhas aqui. Histórias que eu conto repetidamente para mim mesma, só para tentar entender onde está errado, onde mudar, como fazer ou tentar construir um final que me agrade, mesmo que não vá acontecer. Hahahaha [PAUSE ||] Você já se imaginou recebendo o Prêmio Nobel? Kkkkkk  [PLAY >]
Cara, os meus fluxos de consciência são tão constantes que, às vezes, andando na rua eu percebo que tem gente passando e me olhando torto, por causa da minha falação. É que é meio estranho mesmo, né? Parece coisa de louco. Sexta-feira passada, eu estava indo ao salão e aconteceu que, quando eu virei a esquina, tinha um cara de bike vindo na outra direção e ele fez a curva tão fechada e em cima de mim, que ele ouviu o que eu estava falando... Hahahaha ele continuou pedalando, mas olhando pra trás com uma cara que me fez sentir pouco normal. Na volta, eu coloquei os fones de ouvido, porque ai, pelo menos, parecia que eu estava cantando, ou assim espero... :x
Ter esses monólogos é muito interessante. Eu já mudei o rumo da minha vida consideravelmente, depois de brigas imaginárias e discussões que nunca chegaram a acontecer. É bom quando meus discursos aleatórios chegam nesse estágio epifânico e me fazem mudar de atitude [talvez, eu tenha inventado essa palavra, mas vem de epifania (; Ficou "entendível", né? Hahaha Eu não consigo parar com os neologismos, sorry!]. 
Devido a esses meus momentos "Macabéa" meu tempo às vezes passa pro plano psicológico,  o enredo e o espaço se tornam secundários e tudo em que me concentro é na inconsciente consciência dos meus incoativos pensamentos. {Aliás, melhor situá-los, porque não sei se todos lembram. "Maca" é a personagem da Clarice Lispector na obra "A hora da Estrela". Está ai uma romancista que eu adoro e com cujos personagens me identifico muito. Deve ser porque eu sou tão esquisita quanto a maioria deles.}
Enfim, meus pensamentos às vezes perfunctórios, às vezes nem tanto, me levam a lugares e momentos, a fatos verdadeiros e imaginários, possíveis e impossíveis e na maioria das vezes improváveis, mas que me fazem sair desse mundinho fechado cheio de regras, rotina e etiqueta e me permitem falar o que quiser, como quiser e da maneira como pensar. Quando eu converso comigo, não preciso medir palavras... Monólogo interno... externo... tanto faz. O importante é monologar à vontade!
Beijos, até o próximo post sem noção. :*

segunda-feira, 26 de julho de 2010

"Bom dia" por quê?

É incrível como uma boa noite de sono faz a diferença no nosso dia.
As férias acabaram com o meu relógio biológico. Na verdade, eu é que fiz isso, as férias só foram determinantes para tornar tal feito possível. Resumidamente, eu relaxei tanto em relação aos meus horários, nas últimas semanas, que eu me desestabilizei biologicamente.
Dormir todos os dias depois das 3h e acordar depois das 10h não é exatamente o que eu chamo de disciplina. E esse desleixo com o tempo me tirou, completamente, da realidade da vida de estudante que eu levo(de acordar às 6h da manhã).
Enfim, o fato é que na necessidade de dormir cedo ontem, para acordar para ir à aula hoje, meu corpo e minha mente se rebelaram e eu não preguei os olhos a noite toda. Eu me mexi tanto na cama, na vã busca por uma posição confortável que me fizesse pegar no sono, que quando eu parava de virar de lado, ainda parecia estar me movendo. Resisti até as 4 horas da matina nessa incessante busca pelo sono, até que desisti e fui me entreter com '90210', 'Big Bang Theory' e 'The New Adventures of Old Christine' na Sony e depois Warner. Finalmente às 6h fui me arrumar para ir a aula. Descobri, devido a esse fato, que eu sou incapaz de não me enrolar nesse processo de me arrumar - tomar café - sair. Mesmo estando acordada já há tanto tempo, perdi a hora de sair.
Não tendo dormido e estando atrasada, não pude evitar o pensamento mau-humorado que dá título a esse texto quando o porteiro me comprimentou com um simpático "bom dia". É lógico que eu não falei isso para ele, mas eu fiquei na dúvida se seria mesmo um bom dia. Bom, talvez para ele.
Eu não consegui comer no café da manhã, então tomei todos os goles possíveis de café. Em resposta ao estômago vazio e ao balanço do carro, em menos de 15 minutos de trânsito, uma dor de cabeça aguda começou a me perturbar. Na verdade, não sei muito bem se era dor de cabeça ou o sono pesando, mas me incomodou bastante.
Felizmente, para a minha surpresa, apesar do mau começo do dia, minha manhã ficou mais leve conforme as pessoas chegavam na sala. E, embora a primeira aula tenha sido levemente maçante, meu humor melhorou consideravelmente até a hora do intervalo. A segunda aula foi uma surpresa boa. A matéria interessante combinada com a animação e jovialidade da nova professora tornaram meu primeiro dia de aula do segundo semestre bem mais suportável. Sem falar na curiosidade que despertou em mim e nas boas expectativas sobre essa nova etapa.
Já no final da manhã meu sono havia dado trégua e a minha tarde se desenrolou muito bem. Fiz bom proveito do meu dia, apesar da sonolência, e resisti às possibilidades de cochilos (para não perder o sono essa noite também). Assisti a um episódio de Greys Anatomy, li um pouco, estudei... Percebi que quando a gente se dispõe a deixar o dia melhorar, as coisas acontecem para nos favorecer. É tudo uma questão de se permitir!
Então, "bom dia" porque é um novo dia e depois vem outro e outro e vários mais depois destes. "Bom dia" porque a vida está te dando uma chance a mais de ser feliz e fazer os outros felizes. "Bom dia" porque apesar da falta de sono ou de outras coisas, talvez pessoas, apesar de tudo mais ou de tudo menos, é uma oportunidade nova e depois tem outra e outra e várias outras depois destas."Bom dia" porque você tem mais um dia inteirinho para viver, então melhor que ele seja bom.
Bom dia! Boa tarde! E boa noite a todos vocês! E para mim!
Bom dia, Clara! E há muitos "bom-dia" ainda por vir!

sábado, 24 de julho de 2010

Desabafo: coisas que saem de linha.

Atualmente o meu problema está o sendo o condicionar do qual eu usei a última gota hoje e que não encontro mais para vender. As pessoas me reconhecem, por causa do cheiro do tal condionador, eu o usei por tanto tempo, que acho que meu cabelo vai mudar de cor quando eu usar outro produto. Mas o meu querido e perfeito creme para os cabelos, aparentemente (sim, aparentemente, porque eu não desisti da busca ainda!), saiu de linha. Dessa vez estou ainda mais revoltada do que quando descobri que a balinha de café Halls na qual eu viciei em um inverno há uns dois anos, era "edição especial". Muito mais revoltada. MESMO!

Sabe quando você acha aquele produto perfeito? Pode ser uma bala, um shampoo, um esmalte, sei lá, um modelo de camiseta ou de meia! Você passa um tempão procurando algo que te agrade e satisfaça todas as suas delicadas exigências. A cor perfeita, o tecido, o corte, o preço, o perfume, o material da embalagem, a política da empresa (sim, porque precisamos ser consumidores conscientes)...
Você compra, testa e reprova tudo o que surge no caminho, até alcançar aquele produto que simplesmente convém em todos os aspectos e atende substancialmente às suas necessidades. É como se de repente todos aqueles anos de buscas e fracassos fizessem sentido, porque, finalmente, você pode usar e abusar de um produto perfeito.
Pois é, infelizmente tudo que é bom dura pouco, principalmente nessa sociedade capitalista em que vivemos, diga-se de passagem, e, mesmo quando dura muito, um dia acaba e você precisa adquirir um novo. Geralmente é nesse momento que você descobre que o precioso, perfeito e "15-anos-de-busca" produto que você ADORA foi tirado de linha.
O que você sente? Não é indignação, nem raiva... passa entre a auto-piedade e o desejo de morte (do infeliz que teve a idéia GENIAL de tirar o SEU produto do mercado, lógico). Você fica irresignado por toda a sua busca ter gerado frutos e, de repente, alguém os tira das suas mãos.
Você tem que tocar a vida, então recomeça a busca por um produto que possa, ao menos, diminuir o vazio que você sente por não ter mais o seu preferido por perto.
No fundo, você sabe que já entregou as pontas e que jamais seus cabelos vão ficar com o brilho gloss-macio-hidratado que aquele condicionador proporcionava; as suas unhas nunca mais vão brilhar naquele tom vermelho-paixão que só uma marca no mundo conseguiu reproduzir com exatidão (por uma temporada --'); a camiseta branca-básica que você conseguia combinar com tudo e que conectava as demais peças do seu guarda roupa nunca mais vai te vestir; aquele frasquinho, que combinava com a essência natural da sua pele, já era, agora todas as notas aromáticas vão parecer artifíciais demais para te perfumar. Ah, e o chocolate com a textura macia e adocicado no ponto exato, indescritivelmente delicioso...
Deu pra sacar? É lógico que você não vai morrer por causa disso, nem é a pior coisa do mundo. Mas passa pela sua cabeça que talvez seja...
Porque as empresas lançam produtos perfeitos, os deixam no mercado tempo suficiente para você encontrá-los em meio à sua incessante busca, apaixonar-se por eles, acreditar neles, viciar-se e então eles simplesmente os removem das prateleiras, esquecem como se faz e respondem com um "Sinto muito, esse produto saiu de linha." a todas as suas incasáveis ligações em busca de um estoque vitalício? Alguém sabe explicar? Alguém quer tentar responder?
É muito trivial pensar nisso com todos os problemas do mundo... Eu sei. Mas, a final de contas, quem nunca se sentiu traído pelas empresas que fabricam seus produtos preferidos? ;~ hahaha
Beijinhos!