A ideia do blog é simples, criar um espaço em que eu possa falar sobre o que quiser e quando quiser, expor, analisar, comentar, reclamar, enfim, compartilhar com quem me acompanha tudo que eu achar relevante. Espero que vocês curtam o blog e participem. (:

terça-feira, 10 de janeiro de 2017

dois mil e dezesseis

Já faz tempo que o ano novo começou, mas só agora as minhas reflexões de 2016 se materializaram.
Os primeiros dias de 2017 me proporcionaram a visão integral do quanto foi boa a vida no ano que passou.
Foi o primeiro ano completo em que vivi 100% separada dos meus pais e resolvi os meus problemas sem permitir que os momentos de dificuldade me causassem arrependimento.
Foi o primeiro ano em que fui independente completamente.
Foi o ano em que passou a fazer sentido ser uma pessoa totalmente responsável por absolutamente tudo que me acontece na minha vida.
Aprendi a parar de culpar acontecimentos externos e comportamentos de terceiros em relação àqueles fatos que eu achava que não eram do meu controle e que pairaram sobre mim.
Tomei as rédias de cada aspecto do meu passado e futuro e percebi que o que já vivi foi essencial porque me fez quem sou hoje e que o futuro depende de onde vou aplicar minha energia diariamente.
Pela primeira vez abdiquei da possibilidade de retornar à casa dos meus pais.
Não porque necessitasse, mas porque no dia em que acordei e decidi que enfrentaria os meus problemas "sozinha", cortei um cordão umbilical invisível e o toda vez que tentava costurá-lo por um momento de fraqueza, as semanas que passava no quarto na casa dos meus pais sem saber muito bem se queria ficar ou ir embora, era dolorido demais e deixava neles a sensação de que eu não sabia o que estava fazendo (e talvez não soubesse mesmo), por isso resolvi que esses dias ficariam numa memória lá de 2015, e consegui fazer 2016 ser assim: eu estou cá, o antigo quarto lá (que continua sendo meu), e a apostas dos meus pais em mim foram restauradas em 365 dias de absoluta dedicação e confiança, especialmente, pela certeza de que quando eu quiser, tenho a minha casa aqui e o colo deles lá, e não preciso me desfazer de nenhum dos dois.
Percebi num ano turbulento para a humanidade, que a compaixão, o calor, a sensibilidade de sermos homens está dentro de nós e deve ser alimentada imprescindivelmente com o exercício diário de colocarmo-nos no lugar do outro, de enxergar perspectivas diferentes sem compará-las ou julgá-las.
Enfim, 2016 foi um ano de perdas para o mundo e nos oportunizou diariamente sermos mais amorosos e acolhedores para superar todas as atrocidades que assistimos acontecer, e embora, infelizmente, não tenha sido aproveitado por todos, posso dizer com um tantinho de satisfação pessoal que eu aprendi muito.
A mudança de ano nos serve para encher de esperança, vontade de mudar, renovar as atitudes positivas e minguar as negativas, mas principalmente, para nos lembrar que nada será diferente se nós não mudarmos.
Vamos de 2017, de novos sonhos, de novas metas, de corações cheios de amor. ❤