A ideia do blog é simples, criar um espaço em que eu possa falar sobre o que quiser e quando quiser, expor, analisar, comentar, reclamar, enfim, compartilhar com quem me acompanha tudo que eu achar relevante. Espero que vocês curtam o blog e participem. (:

quinta-feira, 21 de abril de 2011

sem sono e sem nada nos braços

Ele ouve todas as minhas lástimas e, embora não possa dizer que ele chora comigo, posso dizer que ele sabe exatamente como me sinto. Quando todos vão dormir, é ele quem me acompanha. Não sei se ele tem medo de escuro, nunca perguntei, mas acho que não, ele é valente e sempre vai na minha frente quando mesmo que me esforce, não consigo enxergar nada. Ele é o último a receber meu beijo de boa-noite e o primeiro que eu beijo também pela manhã. Ele fica lá quietinho me olhando, com a mesma carinha de sempre e sem saber o que ele sente, eu me apego cada dia mais.
Quando eu rio ele está comigo também e os meus segredos, ele sabe todos, só de olhar para mim. Nunca demonstrou amor por ninguém, mas eu sei que comigo não é assim. Foi amor ao primeiro aperto.
Quentinho, fofo e confortável. As noites com ele são as melhores e a sua ausência é mais do que sentida, é pertubadora. Sem ele em meus braços eu não consigo achar uma posição razoavelmente confortável para dormir, fico inquieta, não tenho bons sonhos, mal posso me concentrar em outra coisa que não seja a falta que ele faz.
Ah, Pégaso... seca logo!

P.S.: Pégaso tomou banho ontem e, porque estava molhadinho, não pôde dormir comigo. Mas hoje acho que ele volta a me fazer companhia.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Alugo uma irmã.

Por quanto tempo você conseguir ficar com ela. Cobro o preço de ficar menos estressada por alguns dias, dificilmente, algumas semanas. Não permito a sublocação e desde que me devolvam-na tão saudável e chata quanto no ato do recebimento, não tenho mais nenhuma exigência. Não haverá cláusulas de rescisão de contrato.
Devo avisar, entretanto, que enquanto eu passarei os dias mais tranquilos dos meus últimos 15 anos, você, provavelmente, passará os dias mais estressados, irritantes e preocupados da sua vida, até que tenha filhos adolescentes, pelo menos.
Como você só deverá se interessar pelo negócio se não tiver irmãos, devo avisá-lo também de que vai ser uma experiência muito interessante, logo depois que acabar. Durante o tempo em que ela estiver em sua posse, com certeza você não achará tão curioso, mas saberá do que estou falando ao fim do prazo do contrato.
E, já que você nunca teve irmãos, deixarei um pequeno manual de como se trata os irmãos, ou, pelo menos, de como se trata a minha.
1º) A minha irmã é uma pessoa. Eu sei, inacreditável. Pois é, muito complicada, chata, irritante, teimosa, preguiçosa, lerda e sem iniciativa, mas é uma pessoa. Deve, portanto, ser tratada melhor do que você trata suas bonecas. Eu sei que vai ter horas em que você vai querer que ela vire uma marionete, só pra você poder escolher deixá-la quietinha em um canto, mas, como não vai acontecer, dica: melhor ter televisão no seu quarto;
2º) Ter uma irmã e ,mais do que isso, ser a irmã mais velha requer muita responsabilidade, principalmente com a minha irmã, porque ela não tem nenhuma, então você responde pelas duas, logo, antes de fechar o negócio, curta alguns dias de displicência;
3º) Para alugar a minha irmã e conseguir passar mais de 24 horas em sua posse, você precisa ser muito paciente e não se importar em ter que fazer tudo, treine isso com antecedência;
4º) Quando você sentir vontade de bater nela, me ligue imediatamente para providenciar a devolução. Só quem pode encostar um dedo nela sou eu, e como nem eu o faço, não vai ser você quem vai;
5º) Aprenda a ignorá-la. Ela sabe fazer isso perfeitamente e a não ser que você faça melhor que ela,  o nº4 irá acontecer mais rápido;
6º) Tranque o seu quarto na sua ausência. Eu não consegui adquirir esse hábito apesar da mais clara necessidade, mas te aconselho a se lembrar disso, porque em dois ou três dias você vai perceber que os itens do seu guarda-roupa, perfumes, utensílios de beleza, tais quais maquiagem e acessórios, vão, gradativamente, sumir de seus respectivos locais de armazenamento e, fica a dica, não será um duende escondendo as suas coisas;
7º) Prepare-se para rir, rir muito, de tudo. 80% do tempo em que vocês não estiverem brigando, se xingando, se odiando da boca para fora e querendo que a outra suma, vocês estarão rindo de si mesmas, da outra ou de alguma coisa que viram/fizeram/estragaram juntas, nos outros 20% vocês estarão se recuperando da crise de riso;
8º) Tente não se preocupar muito. É muito difícil, mas lembre-se de que eu, provavelmente, já estarei me descabelando de preocupação com ela, então abstenha-se de ter que ficar consternada por não saber onde ela está, quando ela não está ao alcance da sua vista;
9º) Busque a tranquilidade e em casos de emergência me ligue. Ainda que seu impulso de protegê-la seja muito, muito forte, dificilmente será o de sacrificar qualquer coisa por ela, como é o meu, então ela estará mais segura comigo.
10º) ...


...
Huuum, desculpem, retiro a proposta de negócio. Sei que vocês já estavam com sorrisos de orelha a orelha, doidos para terem a minha irmã um pouquinho, mas eu não consigo ficar longe dessa criatura nem por um dia, de modo que não poderei continuar com a oferta de aluguel. Infelizmente e contra qualquer senso lógico de autopreservação, preciso da chatice dela e das provocações, preciso das risadas e dos olhares de censura. Preciso tê-la por perto ainda que seja para querê-la longe. Eu preciso.
Sinto decepcioná-los.

domingo, 10 de abril de 2011

Conversas de bar

Um pub cheio, mezanino, boa música, iluminação baixa, drinks, boa companhia. Quatro amigas riem, lembram, contam histórias, dividem memórias, lembranças e bebem. Flashes, mais risos. Uma taça vazia, um bico, uma azeitona no chão, muitas risadas e pernas molhadas. Uma mesa, muita conversa, dois estranhos, mas não por muito tempo. Guilherme e Felipe se apresentam. Eles não querem nada demais, apenas conversar. Amigos de bar. Conversa vai, conversa vem. Afinidades surgem, piadas, risadas, brincadeiras.
Depois de um tempo a conversa fica mais séria. Quando a fidelidade feminina e a masculina (ou a falta dela) terminam de ser discutidas, lembram-se dos velhos e dos atuais amores, falam sobre os conflitos e as felicidades dos relacionamentos. Falam de psicologia, de cantadas horríveis que homens passam e da falta de receptividade das meninas. O próximo estágio da conversa são confissões, dores de cotovelo e umas outras coisas que sempre ficam mais fortes dentro da gente depois de algumas cervejas. Como a língua fica mais solta depois do quinto copo, os segredos vão saindo.
Um deles vai ao banheiro, as amigas se despedem do outro e descem. O térreo está muito mais cheio, a banda é boa, as pessoas estão felizes, bebendo, amando, dançando. Mais lembranças, mais risadas. Aquele rosto antes estranho, agora já não tanto se aproxima. Mais alguns minutos de conversa. Despedem-se novamente. Contas pagas, hora de ir para casa.
Lição da noite: dois estranhos não necessariamente querem azarar você, pode-se ter boas conversas com esses estranhos sexualmente desinteressados e eu adoro a teoria de concentrar qualquer sentimento em um objeto, teoria da coragem contida, retida ou qualquer coisa que tenha sido o que um estranho me ensinou ontem, ainda que ele tenha inventado.
Hahahahahahaha. Ah...Conversas de bar.
P.S.: Agradecimento especialíssimo às 3 amigas, da quarta amiga. Adorei a nossa noite ontem, gatinhas!

terça-feira, 5 de abril de 2011

três, quatro ou cinco estrelas?

Se é para ficar entre o real e o fictício, o que, então, melhor do que um bom filme?
Apesar de apreciar os livros, ainda mais que a maioria dos filmes, sou suspeita para falar de filmes, simplesmente porque quase tudo dessa industria de sonhos, projeções, aulas e viagens me encanta.  Eu não sou uma pessoa muito exigente nesse quesito, se eu puder rir de um ou dois trechos, me emocionar, curtir a trilha sonora ou sentir qualquer coisa que não desapontamento, já julgo válidas as horas que tenha passado me dedicando a qualquer trama. Consequentemente, se eu acho algum filme ruim, ele deve ser ruim mesmo, porque pra não me agradar em absolutamente nada, tem que ser horrível, daqueles que nada salva.
Eu gosto de comédias românticas, de comédias comédias, desde que não sejam bestas demais (porque a minha inteligência é ofendida por algumas comédias americanas), gosto de filme antigo, amo suspenses inteligentes, musicais e filmes em preto e branco. Adoro o clássicos e os históricos, gosto dos High-Tec, mas geralmente não me impressiono com ficções científicas de alienígenas, robôs, clones, crianças e cachorros super-dotados, mas quando nos dois primeiros os efeitos são legais, acabo me divertindo também nesses universos paralelos. Me divirto com filmes de conflito adolescente, porque geralmente a trama é batida, mas a trilha sonora é excelente. Enfim, deu pra perceber que quase tudo me agrada, né?
Eu gosto de filminhos com lição de moral no final ou com aquelas frases que te fazem refletir sobre cinco gerações passadas e três futuras, gosto de chorar nos filmes, de felicidade ou de tristeza, gosto de rir até a barriga ficar doendo, gosto de filmes com piadas inteligentes e personagens misteriosos.
Mas o que eu gosto mesmo é de assistir um bom filme em boa companhia e como isso raramente me falta, resolvi começar a escrever aqui as minhas impressões sobre filmes, antigos, novos, não tão novos e não tão antigos. Vou trazer a minha reflexão pós-filmes para cá e compartilhar com vocês muito, muito  mais do que críticas. Topam? Porque vou precisar da ajuda de vocês!