domingo, 22 de novembro de 2015
Amor,
quinta-feira, 19 de novembro de 2015
Renata X
Renata hoje chegou a uma conclusão simples, porém inédita para si.
Percebeu que o mais legal de mudar não é a novidade, quer entender?
Mudança significa necessariamente inovação.
Inovar significa que alguma coisa deixa de ser o antigo e passa a ser novo.
Certo?
Errado.
Renata finalmente entendeu:
Quem muda é ela.
Tudo continua o mesmo.
Fazer as cruzadas no domingo de manhã sempre vai ser fazer as cruzadas no domingo de manhã, exceto porque Renata é uma hoje e outra do próximo domingo. Entende?
No último domingo Renata fazia as cruzadas a quatro mãos, agora faz a duas.
Ontem Renata dormia com quatro travesseiros e dois corações, agora dorme com dois travesseiros e o coração no mundo inteiro.
Hoje pela manhã Renata era uma, agora é uma Renata inovada, embora as cruzadas continuem sendo as cruzadas.
Ah, Renata, muda tudo! Mesmo que não mude nada!
Não tão estranho amor.
Não vamos fuçar nossos defeitos
Cravar sobre o peito as unhas do rancor
Lutemos, mas só pelo direito
Ao nosso estranho amor
sábado, 14 de novembro de 2015
Sobre Mariana, França, Síria e Esperança.
quinta-feira, 17 de setembro de 2015
Como é que chegamos nas bodas de diamante?
Amor é bom, mas precisa de mais.
Um chamego gostoso.
Umas palavrinhas gostosas ao pé do ouvido.
Outra palavrinhas gritadas pro mundo inteiro ouvir.
Cuidado, respeito, carinho.
Aquele cheiro no cangote.
Dormir juntinho.
Acordar com a energia boa.
Viver em sintonia.
Beijos apertados, sorrisos deliciosos.
"Não é o amor que sustenta um relacionamento, é a forma de se relacionar que sustenta o amor."
Amor não basta.
Amor é o começo e o fim, mas no meio tem uma infinitude de pensamento e atitudes e a vontade de ser todo e ser só metade num infinito de milhares de momentos e sentimentos partilhados por duas pessoas.
Acabou.
Sabe quando terminamos algo?
Não quer dizer necessariamente que é o fim, certo?
Terminamos um texto, mas não necessariamente a história;
Terminamos um curso, mas não terminamos os estudos sobre a matéria que ele abordava;
Terminamos uma fase, mas ai partimos pra outra que só existe por causa da anterior...
A vida costuma ser uma continuidade de atos e fatos e passagens, até que um dia acaba.
Não estou falando da morte, embora pudesse.
Estou falando de finais.
Eu gosto dessa distinção entre terminar e acabar.
Porque nós terminamos as coisas o tempo todo...
Mas quando alguma coisa ACABA, já era.
Porque acabar não depende da nossa vontade, é só fim, tchau.
Tchau.
quinta-feira, 10 de setembro de 2015
Renata IX
O que Renata nunca deixa de ser, é Renata.
Ainda que seja barulho, ou tempestade, inquietação.
Menos ainda se for uma piscadela, um sorriso aconchegante, acalento.
Renata é. E repudia tudo que lhe causa qualquer tipo de receio em se entregar.
Renata é movida por batidas descompassadas, impulsos, e tudo o que corta sua vibração é uma potencial ameaça. Simplesmente porque tira a vontade, a espontaneidade e Renata nunca foi de deixar estar.
Renata tem um sentimento que a desespera, é aquela sensação que seu tórax foi ocupado por um sem fim de ar, como se ao invés de coração, tivesse um imenso espaço vazio em seu peito.
Quando essa sensação chega, tudo por dentro parece nada, a vida é tomada por um vácuo.
O maior problema dessa sensação é que tudo no mundo para para Renata nessas ocasiões em que seu peito vira uma bolha, nada mais parece suficientemente atrativo, nenhum sorriso brilha até que todo o ar se esvaia, até a paz seja restaurada, até que... ufa! Ela passe a sentir o coração batendo quentinho no peito de novo.
Bom mesmo é quando Renata se encontra.
Em algum lugar...
Em algo para fazer...
Em alguém.