A ideia do blog é simples, criar um espaço em que eu possa falar sobre o que quiser e quando quiser, expor, analisar, comentar, reclamar, enfim, compartilhar com quem me acompanha tudo que eu achar relevante. Espero que vocês curtam o blog e participem. (:

domingo, 1 de agosto de 2010

Usando o que eu aprendi em Literatura no 3º ano.

Monólogo interno é quando você está sozinho ou então no meio de um monte de gente, mas se desliga, esquece o que está rolando em volta, e viaja. É quando você começa a pensar em alguma coisa que te perturba, que te deixou com raiva ou que te fez bem ou mesmo faz planos, do nada. Eu faço isso muito...
Eu ensaio discursos; converso sozinha ou com o box, quando estou no banho e com o Pegasus, quase toda noite. Eu brigo com ninguém, pensando em brigar com todo mundo, imaginando e querendo DE VERDADE que determinada(s) pessoa(s) pudesse(m) me ouvir.
Eu faço isso sempre e, embora nunca tenham ouvido tudo que eu gostaria de dizer, acho legal. Ok, falar sozinha me faz sentir muito estranha. Mas eu sei que muita gente faz isso também e acho que falar sozinha me faz bem. Porque, às vezes, eu preciso falar... mesmo que ninguém vá ouvir. Aliás, estou pensando em escrever sobre isso. Lógico que eu não vou escrever aqui o discurso que eu preparei para quando eu receber o Prêmio Nobel, mas, eventualmente, pode ser que eu venha a escrever umas historinhas aqui. Histórias que eu conto repetidamente para mim mesma, só para tentar entender onde está errado, onde mudar, como fazer ou tentar construir um final que me agrade, mesmo que não vá acontecer. Hahahaha [PAUSE ||] Você já se imaginou recebendo o Prêmio Nobel? Kkkkkk  [PLAY >]
Cara, os meus fluxos de consciência são tão constantes que, às vezes, andando na rua eu percebo que tem gente passando e me olhando torto, por causa da minha falação. É que é meio estranho mesmo, né? Parece coisa de louco. Sexta-feira passada, eu estava indo ao salão e aconteceu que, quando eu virei a esquina, tinha um cara de bike vindo na outra direção e ele fez a curva tão fechada e em cima de mim, que ele ouviu o que eu estava falando... Hahahaha ele continuou pedalando, mas olhando pra trás com uma cara que me fez sentir pouco normal. Na volta, eu coloquei os fones de ouvido, porque ai, pelo menos, parecia que eu estava cantando, ou assim espero... :x
Ter esses monólogos é muito interessante. Eu já mudei o rumo da minha vida consideravelmente, depois de brigas imaginárias e discussões que nunca chegaram a acontecer. É bom quando meus discursos aleatórios chegam nesse estágio epifânico e me fazem mudar de atitude [talvez, eu tenha inventado essa palavra, mas vem de epifania (; Ficou "entendível", né? Hahaha Eu não consigo parar com os neologismos, sorry!]. 
Devido a esses meus momentos "Macabéa" meu tempo às vezes passa pro plano psicológico,  o enredo e o espaço se tornam secundários e tudo em que me concentro é na inconsciente consciência dos meus incoativos pensamentos. {Aliás, melhor situá-los, porque não sei se todos lembram. "Maca" é a personagem da Clarice Lispector na obra "A hora da Estrela". Está ai uma romancista que eu adoro e com cujos personagens me identifico muito. Deve ser porque eu sou tão esquisita quanto a maioria deles.}
Enfim, meus pensamentos às vezes perfunctórios, às vezes nem tanto, me levam a lugares e momentos, a fatos verdadeiros e imaginários, possíveis e impossíveis e na maioria das vezes improváveis, mas que me fazem sair desse mundinho fechado cheio de regras, rotina e etiqueta e me permitem falar o que quiser, como quiser e da maneira como pensar. Quando eu converso comigo, não preciso medir palavras... Monólogo interno... externo... tanto faz. O importante é monologar à vontade!
Beijos, até o próximo post sem noção. :*

Um comentário:

  1. Você tem um pouco de mim!
    Engraçado ver isso tão nitidamente.

    Das muitas conversas que tenho comigo mesmo, meus sobrinhos são o assunto: tenho vontade de ser amigo, de ser mais próximo, de conhecer. De aprender um jeito de demonstrar o amor que sinto - confio que palavras de um estranho muito íntimo são esquisitas, muito esquisitas - de dizer do orgulho e admiração, e carinho, e saudade que tenho.

    Converso muito com você, Gabi, Dan, Juliana, Bruno e Aninha (que desde sempre mora no meu coração!). Conto coisas, pergunto outras, comento fatos. Reclamo. Principalmente da falta que a presença e vocês faz na minha vida.
    Nessa tagarelação, às vezes me faltam palavras. Aurélio, Houais e muitos poetas, esqueceram-se em seu ofício, daquela, exatamente daquela que necessito. Isso é um problema? Não, Definitivamente! Prescrutada a memória, reorganizada as idéias, não encontrada a bendita, invento outra! Linda, precisa, perfeitinha para mim. (risos).
    Às vezes perimbulando por minhas memórias - é fato, memórias vivem no limbo, mesmo que ela tenha desaparecido por causa das maluquices católicas, apostólicas e romanas (que diachos é isso?) - às vezes divãneando, lá vou eu sendo eu seu tio-tiú. [para quem tem sobrinhos passarinho, raposa, bananinha-pintadinha, cotia, girafo e pitpinscher (prefiro mil vezes Gabiroba! Protestos!) cai bem ser um lagartão).

    Beijos,

    P.S.: Conta para mim um coisa? Quantas de você existem dentro de você mesma? Aqui, no meu eu dentro de mim, mora um povaréu! Imagine a falação!

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