Sobre ser tia, só posso dizer que ser mãe vai ser maravilhoso.
Mas que delícia é acordar com um beijo molhado. Ou a cama (só porque sei que é uma fase bem importante).
Melhor ainda quando acordo e a cama está seca, e ele vem correndo e diz "você achou que eu tinha feito xixi na cama?" e penso "não, eu levantei duas vezes pra te levar ao banheiro essa madrugada", mas respondo "que bom, amor, que você não fez xixi na cama, vamos fazer um pipi agora então?".
Mais delicioso é acordar com um "bom dia" sorridente, animado, pilhado, enérgico, às 7h, quando meu organismo nem descobriu ainda que está ativo pra viver mais dia... e ficar divida entre o cansaço e o sono e a vontade de levantar pra assitir as descorbertas de mais um dia da vida dessa criaturinha que é muito mais parte de mim do que eu poderia supor fosse possível.
Ser tia é ser mãe e pai de um filho que tem excelentes mãe e pai e que não precisa de você, mas ainda bem que tem (duas vezes)!
Ser tia é descobrir que ele tem um vocabulário sensacional pra idade dele, e depois descobrir que ele sempre falou "nem pense nisso" mas você que nunca tinha ouvido antes.
É identificar comportamentos 'dele' 'nele' e perceber que não podia ser diferente... "filho de peixe, peixinho é".
É perceber que ser tia é a melhor e a pior parte.
É sentir-se dispensável e insubstituível ao mesmo tempo.
É saber que tem coisa que ele fala só pra você, ainda que repita diversas vezes para os outros. Porque um "eu te amo" nunca é igual ao outro.
Resumindo, ser tia é ser sem ser, mesmo sendo.
Muito amor.
Dedicado ao Enzo.
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