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domingo, 29 de maio de 2016

Com a porta aberta

Como é difícil colocar a vida em uma mala, mudar de casa.
Foram as vezes que o seu sorriso foi largo e sincero.
Foram as reconciliações.
Foram as noites que você me acordava sem querer enquanto cheirava o meu pescoço.
E as vezes que me acordava de propósito.
Foram os nossos planos.
As viagens por fazer.
O lote por comprar.
A casa por construir.
Os filhos por criar.
Foram as vezes que sua voz me acalmou o coração e a alma.
As vezes que meus 'eu te amo' ecoaram e as outras vezes em que foram susurrados, bem baixinho, no seu ouvido, pra não te acordar.
Aaah, a casa velha era boa.
Mas você acabou abrindo a porta e me convidando pra sair.
Foram as vezes que meu choro não significou nada.
Que as minhas vontades foram desrespeitadas.
Que as minhas escolhas foram ignoradas.
Foram as brigas reiteradas por um único motivo.
Foi o excesso de aviso.
Foi por você não mudar.
Então me mudo eu.
Mesmo sem saber se quero morar em outro coração por enquanto.
Deixa estar.
Eu vou ficar bem aqui fechada dentro do meu próprio peito e depois, quem sabe, volte a me aventurar.
Mas só depois que a lembrança da última morada apagar.

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