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quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Amorar II, eu falei que ia tentar...


Eu adoro esse teu modo particular, todas as formas de pensar, a delicadeza da resposta, o jeito de me conquistar. Adoro o caminho que você traça, um limiar tão retilíneo que é quase impossível fazer um desvio. Eu adoro a forma como você argumenta, como você busca fundamentar, e depois, quando você se confunde, as formas que você arranja para retomar.
Eu adoro o seu sorriso sem graça meio de lado, mudo. Adoro te ver gargalhar. Adoro te ver rindo do meu sorriso. Mas eu gosto ainda mais te ver rindo sem motivo. Saber que só lá no fundo, num canto da alma que ninguém pode alcançar, você ri simplesmente por ser melhor do que chorar.
Eu adoro olhar no teu olho e saber que você também olha pra mim, adoro achar essa certeza, da tua atenção, do teu radar. Adoro saber que bem dentro querendo ou não querendo, tenho em ti o meu espelho, das coisas que eu deixo de notar.
Eu adoro, e arrisco dizer um "preciso", saber que você quer estar comigo. Esse querer ainda que intangível, invisível, particular, é o que me põe de pé todas as vezes que eu não sei onde pisar.
Uma outra coisa que eu adoro, gosto mesmo, tanto que não sei se consigo explicar, é assistir, enquanto você não percebe, esse teu jeito maluco de calcular, de administrar todas as possibilidades, de controlar os resultados, essa mania de programar. Te ver absorto nesse paralelo me faz quase parar de respirar. Às vezes me concentro tanto nas tuas disposições que me esqueço de disfarçar.
Adoro sua limpidez, essa clareza de pensar, o teu jeito transparente, de tentar não demonstrar. Adoro quando você não consegue e sem querer acaba por soltar, que só está um pouco incomodado por não estar onde queria estar.
Adoro quando você se esforça pra demonstrar que sabe as coisas que eu não tolero e que erros existem pra gente consertar. As suas desculpas são tão sinceras que eu só poderia mesmo adorar. Os teus deslizes não vou mentir, tem uns que me fazem querer matar, mas depois a tua voz materializa a mansidão do seu pensar  e me desmonta e não me deixa nem lembrança do que tinha no peito a perturbar.
Eu adoro ainda, a tua vida ter encostado na minha, e ter colado, e não conseguir mais separar (ai de você, meu amor, se tentar escapar!).
Eu adoro esse conjunto de amorar, de ter sua alma apoiada na minha e ter onde deixar a minha descansar.
É um dom, esse que você tem, que eu mais adoro, de me deixar te amar.



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