A ideia do blog é simples, criar um espaço em que eu possa falar sobre o que quiser e quando quiser, expor, analisar, comentar, reclamar, enfim, compartilhar com quem me acompanha tudo que eu achar relevante. Espero que vocês curtam o blog e participem. (:

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Parenthood

(Quase) todo ser humano chega naquele momento da vida em que começa a pensar que talvez o momento de se tornar independente, já esteja chegando. É aquela fase da vida em que a gente olha a fatura do cartão, o boleto de pagamento da faculdade, do carro, da academia e fica meio incomodado de vê-los nomeados aos nossos pais; a fase em que a gente olha para o relógio ou repara nas chamadas perdidas dos nossos pais no celular e pensa que eles já fizeram muito por nós, hora de seguir em frente, menos dependentes, menos controlados.
E por favor, não entendam como ingratidão, nem revolta, nem qualquer outra coisa que faça parecer que eu vejo os meus pais menos perfeitos do que eles são... jamais. Mas é que tem horas que nós queremos nos livrar das amarras, fazer o que der na telha e não ter que dar satisfação para ninguém... ou pelo menos, não dar MUITA satisfação. É lógico que eu não me importo, confesso que algumas vezes até sinto falta, de que me liguem, queiram saber onde estou e como estou, se vai tudo bem, se dormirei em casa e que horas volto. Não me importo que queiram saber com quem eu ando, que conheçam as pessoas com quem me relaciono, que perguntem, se interessem, se importem. Não ligo, verdade. Só me oponho a que deem palpites quando não há nada de errado, que reclamem das minhas escolhas, falem mal das minhas companhias, me julguem ou me perturbem. 
Sejam pais, mas mais que isso, sejam amigos. Sejam rigorosos, mas compreensivos. Exijam, mas reconheçam os meus avanços, os meus pontos positivos, os meus esforços e os meus motivos. Pergutem, discordem, mas nunca me deem motivos para questioná-los. Nem quanto ao apoio que me dão, nem a sobre ao lado de quem estão e muito menos sobre os planos que vocês tem pra mim. Eu vou fazer tudo o que puder para realizar os sonhos que vocês sonharam e vou dar cada gota do meu suor e cada pouquinho da minha disposição para orgulhá-los, sempre. Mas eu não posso abrir mão de tudo, jogar os meus sonhos, as minhas perspectivas, os meus desejos, anseios e metas para cima, suspender a minha vida, trocar amigos, desfazer contatos e deixar de gostar das coisas, dos lugares e das atividades que gosto só porque não lhes agrada.
Eu também to chegando nessa fase biológica/psico-social de querer me virar, depender um pouco menos de vocês. O que não significa que eu não goste mais da sua presença ou que eu queira fazer tudo sozinha ou que vou passar a dispensar toda ajuda que vocês me oferecerem. Eu preciso de vocês provavelmente muito mais do que vocês de mim. E não é um precisar meramente econômico, é um precisar loucamente, um precisar afetivo insubstituível, irrevogável, incomparável. É um precisar eterno. Mas eu também preciso que vocês entendam que da mesma forma como vocês cresceram, mudaram e venceram essa necessidade insana que nós humanos temos dos nossos pais, eu também estou crescendo, mudando e vivendo essa necessidade de forma diferente.
Mudança por mudança, reflitam sobre as suas... eu vejo vocês jogando as minhas na mesa todos os dias. E essas mudanças quanto ao tempo que eu (não) passo em casa, quanto as decisões que tomo sem consultá-los, sobre os passos que dou sem pedir que segurem minha mão, nada disso quer dizer que não precise mais de vocês. Eu faço questão de tê-los participando de todos os meus dias!
É só vocês não tornarem isso tão difícil... 


Amo!

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